A dor do
parto é universal: dói dar a luz. Já que esta é uma experiência tão
comum, isto poderia ser visto como algo reconfortante, um elo entre as
mulheres, uma verdade fundamental que confirma nosso papel biológico
especial e afirma a importância de nossa contribuição para a sociedade.
Com freqüência, entretanto, esta dor é vista como um agouro, uma
imposição desnecessária, uma aflição que devemos suportar como o preço
por termos filhos.
Esta visão, sustentada pela percepção de que a dor é um sintoma de males e doenças, permitiu
que os médicos homens nos convencessem de que a dor é dispensável
durante o parto, e que ela não tem nenhum valor, um mal a ser curado
com tratamentos modernos e tecnologia. Esta visão da dor do parto como
uma aflição parece prevalecer mais entre as mulheres ocidentais. Em
muitas culturas, a dor do parto é aceita como necessária, uma parte
desconfortável do parto, e não é vista como um problema insuperável.
Talvez o fato de que estas mulheres são geralmente cuidadas por outras
mulheres, que entendem o parto e seus benefícios misteriosos para a
psique feminina, seja a razão central pela qual a dor não é temida, mas
aceita. A forçosa mudança do parto dos lares para o hospital
estabeleceu o parto como um ato médico e a pronta disponibilização de
drogas e tecnologia em hospitais encorajou seu uso (Wagner 1994).
As
mulheres, com freqüência sem a companhia de pessoas que possam lhes
fornecer suporte com bons conhecimentos, e em situação vulnerável por
seu estado emocional e hormonal, estão prontas para aceitar mensagens
sedutoras dadas por "experts" de que a dor do parto não tem benefícios.
Muitos destes "experts" são homens que tem uma visão biológica
diferente das mulheres como resultado de informação reprodutiva
masculina. Como os homens jamais darão à luz, eles não têm necessidade
de instintos de parto inatos, e, portanto, não podem ter um profundo
senso de intuição e entendimento do processo de parto. Talvez isto
explique porque os homens com freqüência se sentem desconfortáveis ao
redor de mulheres em trabalho de parto - eles são incapazes de se
conectar com o processo num nível instintivo. Desconfiança e medo podem
ser criados em tal clima.
Então, se há dor no trabalho de parto, qual é seu propósito, e como podemos nos beneficiar dela?
De onde vem a dor?
A fonte básica de dor durante o trabalho de parto é ação que está acontecendo no colo do útero. O útero possui nervos sensoriais que apenas registram dilatações e lacerações. Uma laceração significa uma ruptura uterina - um evento muito raro, mas que representa risco de morte para o qual um sinal claro é necessário. A dilatação do colo do útero é a ação primária durante o trabalho de parto, e indica que o parto está acontecendo. O grau variável de dilatação e o grau variável de dor resultante são um mecanismo para a mulher para que ela saiba o quanto o trabalho de parto avançou.
Como o útero está cercado de outras estruturas dentro do abdômen, pode haver mensagens de nervos sensoriais, algumas vezes dolorosas, de outras fontes, tais como pressão sobre a bexiga cheia ou a compressão de um nervo devido à posição da cabeça do bebê. Estas fontes de dor têm uma qualidade diferente e estão geralmente presentes entre as contrações, indicando algo a mais que precisa de atenção.
Endorfinas
A necessidade biológica para a dor no trabalho de parto é mediada pela capacidade de o corpo produzir endorfinas nos momentos de stress físico agudo. Este fenômeno é bem conhecido entre atletas e aqueles que fazem exercícios aeróbicos regulares. Os efeitos benéficos e a natureza protetora das endorfinas são úteis para melhorar a performance, já que elas são similares aos opiáceos em sua estrutura química e ação, e têm a habilidade de causar dependência naqueles que experimentam a liberação de endorfinas com frequência.
As endorfinas oferecem vários benefícios para as mulheres grávidas e em trabalho de parto:
• Elas são analgésicos naturais, produzidas em resposta ao trabalho pesado da gravidez e o stress das contrações uterinas.
• Comportamentos de introversão são encorajados, úteis para a auto-consciência e proteção.
• Elas criam uma sensação de bem estar e promovem sentimentos positivos.
• Elas podem ser um importante elo na ligação mamãe-bebê - criando um clima emocional positivo para o primeiro encontro com o bebê.
• Os sentimentos de conquista e satisfação com o parto aumentam a confiança e a auto estima.
• O efeito amnésico das endorfinas permite que as mulheres esqueçam as piores partes do trabalho de parto dando um incentivo para que se reproduzam novamente.
• Elas oferecem uma recompensa natural para o esforço envolvido em parir.
Da perspectiva do bebê, as endorfinas também podem ser importantes, assegurando que a mãe está se sentindo positiva e nutriz quando eles se encontrarem pela primeira vez. Os hormônios produzidos no corpo do bebê em resposta ao trabalho de parto (noro-adrenalinas) são importantes para a sobrevivência imediata de todos os bebês, assegurando que eles sejam capazes de manter o calor corporal e respirar corretamente, devido à produção adequada de surfactant. Além disso, as pupilas do bebê dilatam e exibem um comportamento bem alerta - ambos muito importantes para atrair e manter a atenção exclusiva da mãe (Lagercrantz & Slotkin 1986).
As endorfinas são os analgésicos naturais da natureza, com inúmeros benefícios extras para as mães e os bebês. Elas são liberadas em reposta ao trabalho e esforço do trabalho de parto, e especialmente quando a dor está presente. Portanto, as mulheres precisam primeiro do trabalho de parto e a dor das contrações para assegurar que elas consigam as endorfinas de que precisam. Sem estes fatores, as endorfinas não serão produzidas e a mulher não só sofrerá durante o trabalho de parto, mas poderá estar num estado aquém do ótimo para receber seu novo bebê. O processo de ligação com o bebê, geralmente considerado como um bom "extra" em um bom parto, é na verdade crítico para o sucesso reprodutivo e é garantido por várias interações hormonais.
A fonte básica de dor durante o trabalho de parto é ação que está acontecendo no colo do útero. O útero possui nervos sensoriais que apenas registram dilatações e lacerações. Uma laceração significa uma ruptura uterina - um evento muito raro, mas que representa risco de morte para o qual um sinal claro é necessário. A dilatação do colo do útero é a ação primária durante o trabalho de parto, e indica que o parto está acontecendo. O grau variável de dilatação e o grau variável de dor resultante são um mecanismo para a mulher para que ela saiba o quanto o trabalho de parto avançou.
Como o útero está cercado de outras estruturas dentro do abdômen, pode haver mensagens de nervos sensoriais, algumas vezes dolorosas, de outras fontes, tais como pressão sobre a bexiga cheia ou a compressão de um nervo devido à posição da cabeça do bebê. Estas fontes de dor têm uma qualidade diferente e estão geralmente presentes entre as contrações, indicando algo a mais que precisa de atenção.
Endorfinas
A necessidade biológica para a dor no trabalho de parto é mediada pela capacidade de o corpo produzir endorfinas nos momentos de stress físico agudo. Este fenômeno é bem conhecido entre atletas e aqueles que fazem exercícios aeróbicos regulares. Os efeitos benéficos e a natureza protetora das endorfinas são úteis para melhorar a performance, já que elas são similares aos opiáceos em sua estrutura química e ação, e têm a habilidade de causar dependência naqueles que experimentam a liberação de endorfinas com frequência.
As endorfinas oferecem vários benefícios para as mulheres grávidas e em trabalho de parto:
• Elas são analgésicos naturais, produzidas em resposta ao trabalho pesado da gravidez e o stress das contrações uterinas.
• Comportamentos de introversão são encorajados, úteis para a auto-consciência e proteção.
• Elas criam uma sensação de bem estar e promovem sentimentos positivos.
• Elas podem ser um importante elo na ligação mamãe-bebê - criando um clima emocional positivo para o primeiro encontro com o bebê.
• Os sentimentos de conquista e satisfação com o parto aumentam a confiança e a auto estima.
• O efeito amnésico das endorfinas permite que as mulheres esqueçam as piores partes do trabalho de parto dando um incentivo para que se reproduzam novamente.
• Elas oferecem uma recompensa natural para o esforço envolvido em parir.
Da perspectiva do bebê, as endorfinas também podem ser importantes, assegurando que a mãe está se sentindo positiva e nutriz quando eles se encontrarem pela primeira vez. Os hormônios produzidos no corpo do bebê em resposta ao trabalho de parto (noro-adrenalinas) são importantes para a sobrevivência imediata de todos os bebês, assegurando que eles sejam capazes de manter o calor corporal e respirar corretamente, devido à produção adequada de surfactant. Além disso, as pupilas do bebê dilatam e exibem um comportamento bem alerta - ambos muito importantes para atrair e manter a atenção exclusiva da mãe (Lagercrantz & Slotkin 1986).
As endorfinas são os analgésicos naturais da natureza, com inúmeros benefícios extras para as mães e os bebês. Elas são liberadas em reposta ao trabalho e esforço do trabalho de parto, e especialmente quando a dor está presente. Portanto, as mulheres precisam primeiro do trabalho de parto e a dor das contrações para assegurar que elas consigam as endorfinas de que precisam. Sem estes fatores, as endorfinas não serão produzidas e a mulher não só sofrerá durante o trabalho de parto, mas poderá estar num estado aquém do ótimo para receber seu novo bebê. O processo de ligação com o bebê, geralmente considerado como um bom "extra" em um bom parto, é na verdade crítico para o sucesso reprodutivo e é garantido por várias interações hormonais.
Fonte:
Sem comentários:
Enviar um comentário