http://www.destak.pt/artigo/142970-como-podem-as-gravidas-assumir-o-controlo-do-parto
«(...) havendo uma forma de passar o trabalho de parto tranquila, sem dor e descontraída, eu optaria sem dúvida por essa e actualmente é a epidural que melhor se adapta a esta caracterização», diz Marcela Forjaz - obstetra, autora do livro "Parto Feliz" um livro que, explica ao Destak, tenta levar as grávidas a compreender «que podem manter o controlo sobre a evolução do seu trabalho de parto».
Catarina Pardal responde com dados que investigou...
SOBRE A SEGURANÇA DO PARTO EM CASA
22 grandes estudos observacionais que compararam os desfechos maternos e perinatais de partos extra-hospitalares (domiciliares ou em casas de parto) assistidos por parteiras (modelo não médico) com partos intra-hospitalares assistidos por médicos. A conclusão dessa revisão sistemática é que mulheres de baixo risco atendidas em casas de parto ou domicílio por parteiras certificadas passam por menor número de intervenções obstétricas e têm mais chance de ter partos normais do que mulheres de baixo risco com o atendimento obstétrico padrão hospitalar. Nenhuma diferença na mortalidade perinatal foi encontrada.
«(...) havendo uma forma de passar o trabalho de parto tranquila, sem dor e descontraída, eu optaria sem dúvida por essa e actualmente é a epidural que melhor se adapta a esta caracterização», diz Marcela Forjaz - obstetra, autora do livro "Parto Feliz" um livro que, explica ao Destak, tenta levar as grávidas a compreender «que podem manter o controlo sobre a evolução do seu trabalho de parto».
Catarina Pardal responde com dados que investigou...
SOBRE A SEGURANÇA DO PARTO EM CASA
22 grandes estudos observacionais que compararam os desfechos maternos e perinatais de partos extra-hospitalares (domiciliares ou em casas de parto) assistidos por parteiras (modelo não médico) com partos intra-hospitalares assistidos por médicos. A conclusão dessa revisão sistemática é que mulheres de baixo risco atendidas em casas de parto ou domicílio por parteiras certificadas passam por menor número de intervenções obstétricas e têm mais chance de ter partos normais do que mulheres de baixo risco com o atendimento obstétrico padrão hospitalar. Nenhuma diferença na mortalidade perinatal foi encontrada.
McIntyre MJ.
Safety of non-medically led primary maternity care models: a critical
review of the international literature. Aust Health Rev 2012 May; 36
(2): 140-7. [cited 2012 Jul 29] Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22624633
SOBRE A EPIDURAL
A epidural cria uma separação entre a mulher e o seu corpo no momento em que ela mais tem necessidade de saber, e sobretudo sentir, o que está a acontecer. A mãe fica imobilizada, deitada numa cama durante todo o trabalho, sem a possibilidade de seguir as suas sensações - que praticamente deixam de existir. Obedece às ordens do médico e sujeita-se às suas intervenções. A parte superior do corpo assiste, impotente e submissa, à intervenção médica efectuada na parte inferior. Incapaz de participar, a mulher fica condenada a fazer o que lhe mandam, enquanto o bebé, tem de enfrentar sozinho as contracções. "A mãe é forçada a abandoná-lo em plena tormenta, não seguem juntos o mesmo percurso."
A taxa de mortalidade materna para mulheres em trabalho de partos normais que optam pela epidural é três vezes superior que para as mulheres em trabalhos de partos normais sem epidural. Em cada 500 epidurais administradas haverá um caso de paralisia temporária da mulher e de paralisia permanente em cada meio milhão de epidurais. A mulher tem entre 15 e 20% de hipótese de ter febre após ter levado a epidural, necessitando de avaliação diagnostica de possíveis infecções na mulher e no bebé, as quais podem por vezes ser invasivas, tal como uma punção lombar no bebé. Entre 15 e 35% das mulheres que levam a epidural virão a sofrer de problemas de retenção urinária depois do parto.
Cerca de 10% das anestesias epidural não funcionam e não há alívio da dor. Mesmo quando funciona, perto de um terço das mulheres que recebem a epidural trocam poucas horas de ausência de dor no trabalho de parto por dias ou semanas de dor depois do parto. 30 a 40% das mulheres que recebem a epidural durante o trabalho de parto terão fortes dores de costas depois do parto e 20% continuarão a ter um ano depois.
Muitos estudos científicos têm mostrado que as mulheres que levam a epidural para as dores de parto terão um período expulsivo consideravelmente mais longo. O que, por sua vez, resulta num risco quatro vezes superior relativamente ao recurso a fórceps ou ventosa e, no mínimo duas vezes maior de cesariana, e estas intervenções médicas durante o parto também levam aos seus próprios riscos.
SOBRE A EPIDURAL
A epidural cria uma separação entre a mulher e o seu corpo no momento em que ela mais tem necessidade de saber, e sobretudo sentir, o que está a acontecer. A mãe fica imobilizada, deitada numa cama durante todo o trabalho, sem a possibilidade de seguir as suas sensações - que praticamente deixam de existir. Obedece às ordens do médico e sujeita-se às suas intervenções. A parte superior do corpo assiste, impotente e submissa, à intervenção médica efectuada na parte inferior. Incapaz de participar, a mulher fica condenada a fazer o que lhe mandam, enquanto o bebé, tem de enfrentar sozinho as contracções. "A mãe é forçada a abandoná-lo em plena tormenta, não seguem juntos o mesmo percurso."
A taxa de mortalidade materna para mulheres em trabalho de partos normais que optam pela epidural é três vezes superior que para as mulheres em trabalhos de partos normais sem epidural. Em cada 500 epidurais administradas haverá um caso de paralisia temporária da mulher e de paralisia permanente em cada meio milhão de epidurais. A mulher tem entre 15 e 20% de hipótese de ter febre após ter levado a epidural, necessitando de avaliação diagnostica de possíveis infecções na mulher e no bebé, as quais podem por vezes ser invasivas, tal como uma punção lombar no bebé. Entre 15 e 35% das mulheres que levam a epidural virão a sofrer de problemas de retenção urinária depois do parto.
Cerca de 10% das anestesias epidural não funcionam e não há alívio da dor. Mesmo quando funciona, perto de um terço das mulheres que recebem a epidural trocam poucas horas de ausência de dor no trabalho de parto por dias ou semanas de dor depois do parto. 30 a 40% das mulheres que recebem a epidural durante o trabalho de parto terão fortes dores de costas depois do parto e 20% continuarão a ter um ano depois.
Muitos estudos científicos têm mostrado que as mulheres que levam a epidural para as dores de parto terão um período expulsivo consideravelmente mais longo. O que, por sua vez, resulta num risco quatro vezes superior relativamente ao recurso a fórceps ou ventosa e, no mínimo duas vezes maior de cesariana, e estas intervenções médicas durante o parto também levam aos seus próprios riscos.
Enquanto muitas
mulheres podem de livre vontade correr riscos para com elas próprias, não é razoável que de livre vontade coloquem os seus bebés em
risco. Uma complicação frequente na mulher, depois da epidural iniciar o
seu efeito é a súbita queda de pressão, originando uma redução da
corrente sanguínea que vai através da placenta ao feto, resultando de
uma suave a severa falta de oxigénio para o feto, como pode ser visto no
monitor dos batimentos cardíacos fetais.
Noutra estratégia tipicamente
“hich-tech” de uso de uma segunda intervenção de forma a remediar os
efeitos da primeira, os técnicos de saúde administram na mulher uma
grande dose de líquidos via intravenosa, de forma a tentarem prevenir a
queda de pressão arterial causada pela epidural, mas isto nem sempre
resulta. Na falta de oxigénio para o bebé durante a epidural recai a
possibilidade, e o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia
informa que a monitorização cardíaca fetal mostra severa hipoxia fetal
de 8 a 12 por cento dos bebés cujas mães foi dada a epidural para as
dores normais de parto. Há outros riscos para o bebé, alguns dados,
inclusive sugerem função neurológica reduzida até um mês de idade dos
bebés. A mais recente inovação na anestesia epidural, como a mudança do
tipo de fármaco usado ou a quantidade, ou a “walking epidural” (epidural
que possibilita o movimento) não eliminam estes riscos nem para a
mulher, nem para o bebé.
Para saberem mais sobre epidural podem ler o artigo traduzido pela Bionascimento - Os Riscos Ocultos das Epidurais
http://www.bionascimento.com/index.php?option=com_content&task=view&id=191&Itemid=0
O melhor plano para encarar a dor é senti-la como uma aliada no processo de fazer nascer o bebé. Acreditar que ela tem uma função fisiológica e tentar dar à luz num ambiente propício: sem imposições de terceiros, sem stress e sem intervenções desnecessárias. E confiar na Natureza. Se a dor de parto fosse realmente impossível de suportar, há muito que a Humanidade se tinha extinguido... ASSIM SIM AS GRÁVIDAS PODEM ASSUMIR O CONTROLO DO SEU PARTO.
Para saberem mais sobre epidural podem ler o artigo traduzido pela Bionascimento - Os Riscos Ocultos das Epidurais
http://www.bionascimento.com/index.php?option=com_content&task=view&id=191&Itemid=0
O melhor plano para encarar a dor é senti-la como uma aliada no processo de fazer nascer o bebé. Acreditar que ela tem uma função fisiológica e tentar dar à luz num ambiente propício: sem imposições de terceiros, sem stress e sem intervenções desnecessárias. E confiar na Natureza. Se a dor de parto fosse realmente impossível de suportar, há muito que a Humanidade se tinha extinguido... ASSIM SIM AS GRÁVIDAS PODEM ASSUMIR O CONTROLO DO SEU PARTO.
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